É fácil esquecer quão intensa é a experiência de ir às montanhas da escócia. Vivendo em Edimburgo, não me lembro, com a frequência que deveria, que a apenas 4 horas da cidade existe um mundo de outra era geológica, verde, despido de pessoas, inabitado. Os britânicos têm uma expressão ideal para este sentimento. ‘Taking for granted’. É isso mesmo, eu tomo as montanhas como adquiridas, quando devia viajar mais vezes para norte. Este fim de semana, com o automóvel nas mãos, vivi uma verdadeira orgia visual: desde paisagens de turfa inóspitas até vales verdes e lagos límpidos, montanhas gigantes assustadoras, cinzentas das nuvens que lhe escondem os cumes, até baías de temperatura amena, vilas de flores coloridas, alimentadas pela corrente quente do golfo, que tornam a costa noroeste do país num paraíso de vegetação luxuriante (em cima: shieldaig, a minha baía favorita).
Loch Lochy
Quirang, na ilha de skye. Caminhámos até aos cumes no canto esquerdo da foto.